O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta quinta-feira (12) que o plenário deve votar, já na próxima segunda-feira (16), um pedido de urgência para o projeto que busca barrar o novo decreto do governo federal sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão foi tomada após reunião com líderes partidários e revela um crescente desgaste entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
O novo decreto, publicado nesta quarta-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, propõe um aumento mais moderado do imposto, em comparação com a versão anterior, mas ainda gerou insatisfação entre parlamentares. O IOF incide sobre operações de crédito, câmbio e seguros, e seu reajuste costuma causar impacto direto no bolso da população e no setor produtivo.
Base aliada se une à oposição contra o reajuste
A iniciativa para acelerar a votação do projeto partiu do deputado Sanderson (PL-RS), líder da oposição, mas recebeu s de parlamentares do Centrão, incluindo siglas que controlam ministérios do governo, como PP, Republicanos e União Brasil. Essa aliança inusitada entre oposição e base evidencia a impopularidade do decreto e a necessidade dos congressistas de responder à pressão popular contrária ao aumento de impostos.

Hugo Motta afirmou nas redes sociais que “o clima na Câmara não é favorável para aumento de tributos com fins meramente arrecadatórios”. A declaração reforça o entendimento de que o Congresso não aceitará medidas que onerem a população sem contrapartidas claras de equilíbrio fiscal ou redução de gastos.
Cenário fiscal delicado intensifica ime entre poderes
O Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, tenta aumentar receitas para cumprir as metas fiscais estabelecidas no novo arcabouço. Contudo, a reação do Legislativo indica que o governo enfrentará obstáculos significativos para aprovar medidas com impacto direto na arrecadação.
Se a urgência for aprovada, o projeto poderá ser votado diretamente em plenário, sem ar pelas comissões temáticas, o que agilizaria o processo. A movimentação da Câmara representa um teste de força política para o governo Lula e pode influenciar futuras propostas econômicas.
Perguntas e respostas
Por que o aumento do IOF gerou tanta reação?
Porque impacta diretamente consumidores e empresas em operações cotidianas.
Qual é o argumento dos parlamentares contrários?
Eles dizem que o aumento é arrecadatório e prejudica a população.
O governo pode recuar do decreto?
Sim, mas precisaria negociar com o Congresso ou revogar a medida.